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segunda-feira, 27 de junho de 2011

PM líder de bando foi trabalhar após explodir agências PM bandido.


Líder de bando foi trabalhar após explodir agências
PLANEJAMENTO - Assim que o dia amanheceu, policiais da Força Tática da PM cercaram a casa no Elimar por todos os lados, até pelos telhados. Local era vigiado há dias
Nada na ação policial que surpreendeu a cidade de Franca na madrugada de terça-feira foi por acaso. O trabalho que culminou com a morte de três e prisão de oito criminosos teve início há 50 dias. Um serviço de inteligência conjunto entre a polícia e o Ministério Público com execução planejada pelos homens da Força Tática, um grupo da Polícia Militar treinado para atuar em ocorrências de risco que demandam enfrentamento. O respaldo da Justiça, autorizando escutas e emitindo ordens de busca pela internet durante a madrugada, também foi decisivo. Investiga-ções levaram à prisão em Hortolândia do PM Fernando Beto de Almeida, 27, apontado como lí-der do bando. Horas antes, segundo o MP, ele havia comandado os ataques às agências bancárias em Patrocínio Paulista. Em meados de abril, o serviço reservado da PM obteve a informação de que uma quadrilha especializada em explodir caixas eletrônicos estava se preparando para agir na região de Franca com a ajuda de policiais. Assim que ficaram sabendo, os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial para a Prevenção e Repressão ao Crime Organizado) passaram a comandar as investigações. Por meio de escutas telefônicas, cruzamento de dados e monitoramento de suspeitos, descobriram que a casa do policial militar Beto, no Jardim Aeroporto, era a base da quadrilha. Há três semanas, ele se mudou para o Recanto Elimar, segundo os promotores, por uma questão de logística. O imóvel fica perto da rodovia e é de fácil acesso. Perfeito para quem pretendia chegar e sair com rapidez da cidade. Para identificar os frequentadores e os pontos estratégicos para posicionar homens e fazer uma eventual ocupação, agentes do Gaeco filmaram a casa dias antes da invasão. O roubo, segundo a promotoria, já deveria ter ocorrido. “Tivemos a sinalização de que eles viriam em outras duas ocasiões, mas usaram a contra inteligência e cancelaram as ações. Isso mostra o grau de organização deles. Vieram quando não esperávamos. Por isto, não tivemos como evitar”, disse um dos promotores. Naquela madrugada, após as explosões, policiais passaram a monitorar a casa suspeita. Havia gente no interior e um carro com placas de Campinas na garagem. Eram 3 horas. Um cerco silencioso foi montado à distância. Às 4 horas, um juiz deu a ordem para que o imóvel fosse revistado. O mandado de busca chegou por e-mail no telefone celular de um promotor. Ainda era preciso esperar o dia amanhecer e helicóptero Águia chegar. Enquanto isto, o capitão Araújo estava reunido com a tropa na sede da Força Tática para passar as últimas instruções. “Disse a eles que era grande a possibilidade de haver confronto e que os criminosos estavam armados com fuzis”. Durante o monitoramento à residência, o policial Beto foi visto deixando o local em uma moto. Ele havia dado suporte na ação em Patrocínio e retornado após as explosões. Viajou em seguida para trabalhar na PM de Hortolândia como se nada tivesse ocorrido. “Decidimos não prendê-lo na hora, pois poderíamos perder tudo. Como ele já estava identificado, focamos nos que estavam dentro da casa”, disse o promotor. O dia amanheceu
O cerco se fechou e a rua foi bloqueada. Policiais se aproximaram da casa e ocuparam pontos estratégicos. Uma viatura estacionou de ré diante da garagem para impedir a saída do carro. Dois veículos deram cobertura nas laterais e outros dois seguiram para os fundos. Eram 6h30. Um dos bandidos no corredor abriu fogo contra o policial que olhava por cima do muro, dando início ao tiroteio. Parte dos ladrões usava coletes à prova de balas. Comparsas foram usados como escudo. Um se fingiu de morto. Eram 20 policiais contra oito bandidos armados com fuzis e metralhadoras. Três criminosos foram mortos, outros três ficaram feridos (leia texto nesta página). A sapateira Inez Cristina Duques de Almeida, 30, mulher do policial Beto, ainda teve tempo de mandar uma mensagem por celular para o marido em Hortolândia e avisar que “casa havia caído”. Logo depois, ela caiu junto.























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